Desta vez, serão intermunicipais. Assim
o anunciou o secretário de Estado das Florestas, na Culturgest, a 14 último.
Temos já planos, planos, planos, planos,
planos, planos, planos, planos, planos e mais planos. Um dia destes, ainda corremos
o risco de nos faltar o papel para outros fins!
A cada ano, na sequência dos incêndios rurais
é já tradição surgirem as “gaffes” pós-estivais. Este ano, mais tarde do que é
habitual. Depois de arder o país, pululam anúncios de novos planos, de mais planos.
Pelo contrário, temos cada vez menos floresta (apesar de termos cada vez mais
eucaliptos), cada vez mais infraestruturas e edificações destruídas, cada vez
mais animais mortos, mais feridos. Este ano ARDERAM PESSOAS. ARDERAM PESSOAS! E
para o ano? No mínimo, que hajam planos e, sobretudo, ações para não ardermos!
Talvez fosse conveniente os decisores
políticos colocarem nos seus gabinetes as imagens das viaturas calcinadas a 17
de junho e a 15 de outubro. A esperança é que, na tomada de decisões,
sentissem, por um segundo que fosse, uma ténue imagem do desespero dos momentos
finais de quem ardeu. Talvez daí surgisse mais ação, menos planos. Planos já
temos de sobra, atropelamo-nos neles. Se querem planos, comecem pelo plano essencial,
pela Lei de Bases de 1996. Apliquem-na, alterem-na, mas não a deixem na gaveta.
Se aplicada, aderiam pessoas a 17 de junho e a 15 de outubro? Talvez, mas a situação
florestal no país seria outra. Bem diferente.
Porra, esgotou-se a paciência!