A atividade florestal assenta em investimentos de retorno a longo
prazo, investimentos em ativos biológicos que se sustentam no Território, que
dele fazem uso para proporcionar valor económico, bem estar social, com
destaque para as populações rurais, suportado por princípios que assegurem a
sustentabilidade dos recursos naturais.
Neste contexto,
a atividade política, no caso concreto das florestas e do setor florestal, pode
ser definida em duas vertentes:
- A política de
pacotilha, onde os responsáveis políticos se preocupam com questões meramente
financeiras, de curto prazo e privilegiam a indústria "do palito",
aquela que gera receita rápida no plano industrial, mas que pouco acrescenta à
Economia Florestal. Numa "navegação à vista" apostam em estratégias
"simplex" de plantar árvores, como se de votos se tratassem, sem
cuidar se as famílias em cujos terrenos as primeiras são plantadas terão
rendimentos que as permitam administrar comercial e tecnicamente ao longo do seu ciclo de vida útil. Ao não cuidar desse rendimento fomentam a
catástrofe.
- A política de
Estado, que tem por base a valorização económica, mas também social e ambiental
do Território, assente no estímulo a uma indústria ambiental, mas também
socialmente responsável, cuja atividade é suportada em parcerias duradoiras com
quem assume realmente o risco do negócio, os proprietários florestais, as tais
famílias acima mencionadas.
Qual das duas vertentes
seguem os atuais responsáveis políticos no Ministério que tutela a atividade
florestal?
(Publicado no Agroportal, em http://www.agroportal.pt/a/2013/pcastro3.htm#.UY086bXvuPs)