O
balanço de dois anos do atual Ministério da Agricultura, do Mar. do Ambiente e
do Ordenamento do Território (MAMAOT) pode traduzir-se num conjunto de meras (in)compatibilidades:
1. A estratégia florestal defendida pelo MAMAOT é
incompatível com o regime da propriedade florestal e com a
necessidade de rentabilizar o negócio silvícola como suporte a uma gestão florestal
ativa;
2. A emblemática bolsa de terras pode ser compatível
com o loteamento das Matas Nacionais, não sejam as salvaguardas impostas pelo
Ministério das Finanças; e,
3. O fomento florestal, das arborizações e
rearborizações, sem apoio técnico à produção, nem regulação dos mercados, é compatível
com o agravamento futuro dos incêndios florestais em regiões de minifúndio.
Não
sendo idêntico aos seus antecessores peca por ser pior:
a)
Pior porque confunde interesses financeiros
com o Interesse Nacional;
b) Pior porque dispõe do suporte de uma maioria parlamentar
para fazer mudanças significativas que é incapaz de concretizar; e,
c) Pior porque os seus dirigentes aparentam sofrer do
mesmo problema do Mr. Magoo.