Em fase de pré-rescaldo a mais uma época de incêndios florestais,
questiona-se a estratégia de curto prazo dos responsáveis políticos do Ministério
da Agricultura e Mar, entidade que tutela o setor florestal
Será 2014 igual a 2013? Por sua vez já similar a 2012.
Em matéria de Desenvolvimento Rural podem-se esperar novidades? Medidas
que iniciem o processo de reversão do êxodo rural? O manter-se-á a Secretaria
de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural em negação à sua denominação?
Ao nível da produção silvícola, haverá coragem para avançar para a
regulação dos mercados? Ou, será mantida a estratégia de protecionismo aos
interesses de grupos industriais, à custa das famílias com explorações
florestais, da sustentabilidade dos recursos florestais e do esforço dos
contribuintes?
A atualização e conclusão do cadastro rústico fracassará em comissão
ou avançará definitivamente para o terreno?
No plano jurídico, o que falta para finalizar a regulamentação da
Lei de Bases da Política Florestal? Importa recordar que passaram já 17 anos da
sua aprovação, por unanimidade, na Assembleia da República.
Na defesa da floresta contra incêndios, tem o Ministério
capacidade política para impor uma lógica de reforço da prevenção face ao
combate?
Sofrerão os dirigentes políticos do Ministério da
Agricultura e Mar de procrastinação do tipo tenso-nervosa? O procrastinador do tipo
tenso-nervoso caracteriza-se por ter um comportamento que se traduz num ciclo
de fracasso e atraso, enquanto os planos e objetivos são deixados de lado e
anotados "para comissão" ou para a próxima leguslatura repetidamente.
Em que ficamos?