Não são apenas os apoios da PAC a financiar (pelo menos na aparência, já que parte significativa serve para gerar incêndios) os sectores silvo-industriais nacionais, com excepção do papeleiro.
Para o sector papeleiro, associado à cultura do eucalipto, não existem apoios à produção. A esta apenas são "permitidas", pelo Estado, imposições unilaterais de preços pela indústria. Contudo, existem sim fortes auxílios públicos à componente industrial.
"De acordo com o "Jornal de Negócios", que cita uma fonte governamental, a papeleira vai beneficiar de um pacote de incentivos fiscais e financeiros que ronda os 175 milhões de euros, cerca de 20 por cento do investimento global."
Para que não restem dúvidas sobre a política florestal portuguesa:
"A empresa "vai ainda beneficiar de uma nova política florestal", que está a ser preparada de acordo com as pretensões do patrão da Portucel, no que respeita à prevenção de incêndios e plantação de eucaliptos em terrenos baldios."
Ao contrário do que se possa pensar, existe forte coerência do Estado neste domínio:
Mudam os governos, mantém-se a consistência da política florestal em Portugal.
Fonte: Público, Economia, 23/02/2006