Haverá com certeza um conjunto de critérios e
de indicadores para a classificação da seriedade de um negócio. Haverá critérios
mais básicos como o da sua concretização dentro da legalidade. Haverá também
critérios mais avançados, associados ao conceito de desenvolvimento sustentável
e aos princípios de responsabilidade social.
Neste intervalo, como se classificará um negócio
baseado na produção em quantidade, sem preocupações ao nível da qualidade? Sendo
sério, sê-lo-á muito ou pouco?
Quando essa abordagem ao negócio o é pela
vertente da quantidade, associada a uma postura empresarial extrativista face aos
recursos naturais renováveis e ao meio rural, sê-lo-á mais ou menos sério?
Quando um país classificado de economia
aberta, exerce proteção sobre certos grupos empresariais, os negócios decorrentes
serão mais ou menos respeitáveis?
Não entrando pela abordagem à base exótica do
substrato do negócio, a transferência do risco do mesmo para os contribuintes
torna esse negócio mais ou menos sério?
Contemplarão os “awards” nacionais e internacionais os critérios mais
avançados para a classificação de um negócio? Ou classificarão os mesmos apenas
baseados em critérios básicos.
Os grandes negócios
industriais de base florestal em Portugal, podendo ser sérios, sê-lo-ão muito ou pouco?
Dependerá com certeza dos critérios e indicadores a que cada um de nós recorra.
Na atual fase da vida
nacional, importante é que os mesmos não gerem encargos para os contribuintes.
Incêndios florestais: encargos para os contribuintes estimados entre 800 a 1.000 milhões de Euros/ano.
De
encargos já estamos soterrados para os anos vindouros.
Ou os negócios geram retorno
à economia, bem-estar às populações e asseguram a sustentabilidade dos
ecossistemas, ou é melhor que imigrem. Com certeza, outros mais sérios virão.