A ministra da Agricultura e do Mar
tem sido incapaz, ao longo de quase três anos de mandato, de assegurar
estabilidade no financiamento público às equipas de sapadores florestais.
Neste mesmo período de tempo, tem
demonstrado incompetência política em equilibrar as verbas públicas destinadas à
prevenção, face às disponibilizadas para o combate aos incêndios florestais.
Ainda neste período de tempo, tem
sido evidente a sua falta de vontade em privilegiar o reforço da economia florestal
face aos negócios financeiros que se estabeleceram com base na sucção dos recursos naturais e no empobrecimento das populações rurais.
Mas ei-la equipada a rigor para
roçar mato para a tv, não através de meios manuais como fazem muitos dos pequenos e
idosos proprietários florestais, mas com recurso a meios motomanuais.
Se esta estratégia política de culto
da personalidade alastrar, ainda veremos o ministro da Administração Interna
equipado à bombeiro, ou o ministro da Defesa a fazer descargas de caldas em
helicóptero da Força Aérea.
A perspetiva geral é de que estas ações de
marketing pessoal se reforcem nos próximos três meses, ao que se seguirá o
habitual eclipse da ministra em época de incêndios.