As relações comerciais no setor florestal português são vítimas de
uma consentida (pelo atual governo) concorrência imperfeita. Uma parte, a procura, impõe a sua
vontade à outra, a oferta. Isso mesmo foi recentemente reconhecido pela
Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde.
Como alterar então esta situação?
Bom, depende da ideologia política que se professa. Na atual
maioria governativa, se a opção for por doutrinas sociais-democratas ou
democratas cristãs, a intervenção nos mercados, designadamente através da sua
regulação, é sempre uma opção.
Os profetas do neoliberalismo ou ultraliberalismo têm tendência a considerar que assim está perfeito, mais vale deixar tudo como está. Algumas das maiores fortunas nacionais, as associadas
aos negócios silvo-industriais, agradecem. A Lavoura, mas também os contribuintes e os consumidores
de combustíveis fósseis, que suportam parte significativa dos custos na oferta,
não acharão grande graça. Em todo o caso, em 2015 terão a oportunidade de se
manifestar.
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