Tivemos acesso ao
seguinte interessante raciocínio:
Em isenções fiscais em 2012 foram só
28.805.704,46 € que a Portucel deixou de pagar ao Estado Português e a troco de
quê?
Com
esse dinheiro a empresa teve "à borla" com dinheiro dos contribuintes
576.114 metros cúbicos de madeira de eucalipto, o que corresponde à produção de
4.800 hectares. Assim é fácil ser "gestor" de alto gabarito e no
final do ano arrecadar mais de 2 milhões de euros em salários e prémios. E o
mais surrealista disto tudo é que para além deste tratamento discriminatório
trata-se duma empresa cuja sede social é na Holanda onde ficam os impostos da atividade.
O que beneficia o contribuinte e o País? Dar
emprego a cerca de 2.000 pessoas a muitas delas precárias a recibos verdes ou
prestação de serviços?
Só
com o valor que os contribuintes tiveram de suportar por ausência de cobrança
em 2012 seria possível pagar o salário de 1 ano (salário mínimo) a 4.074
pessoas. Se tivermos em conta que os trabalhadores da Portucel podem ganhar em
média 1.000 Euros mensais as isenções fiscais pagam a mão de obra da empresa.
Assim é fácil ser o melhor gestor do mundo e até ser capa em revista de
economia.
Para finalizar. Importar
ter em conta que em 2010 e 2011 os benefícios fiscais ao grupo atingiram
valores similares, superiores a duas dezenas e meia de milhões de euros ano. Os
dados de 2013 apontam para um valor superior a dezoito milhões de euros. Os referentes a 2014 ainda não foram disponibilizados pelo Ministério das
Finanças.
Não nos teria ficado mais
vantajosa a ida da fábrica de papel da Mitrena para a Alemanha? Afinal de
contas, onde é que a empresa encontraria, no mundo, as condições tão favoráveis
como as que tem em Setúbal: eucalipto (o glóbulos) à porta da fábrica e a “pasteira”
como vizinha? Na esparrela das lamurias, estratégia de pressão adotada pela empresa, só caem políticos ignorantes ou serviçais.
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