segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Dos benefícios fiscais às taxas anti-dumping

No período que medeia entre o início de 2010 e o final de 2014, as empresas do grupo Portucel Soporcel foram beneficiadas diretamente pelos Orçamentos do Estado em mais de 94 milhões de Euros.

Pode-se considerar, mais ainda num país em desflorestação, caso único no continente europeu, que o valor atribuído em benefícios fiscais pelo Estado ao grupo privado daria para o primeiro arborizar 47 mil novos hectares de floresta autóctone, considerando um financiamento público a 100% e um valor de arborização de 2 mil euros por hectare, o que, nalgumas situações e no caso da opção por sementeira, exceda largamente os custos da mesma. Mesmo assim, este esforço representaria menos de 1/3 da perda líquida de área florestal registada no país desde 1995 (na ordem dos 150 mil hectares).


Fonte: Inventário Florestal Nacional

Mas, o pior será se este investimento dos contribuintes portugueses no grupo privado, de justificação muito duvidosa, enquadrável no espírito de uma PPP e concedida num período de grave crise para muitas famílias portuguesas, reverter afinal a favor das autoridades dos Estados Unidos, a serem comprovadas as alegadas práticas imorais por parte do grupo empresarial naquele país.



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