A
principal causa da desflorestação em Portugal reside numa procura de bens de base florestal cada
vez mais concentrada e egoísta, que não tem hesitado em recorrer ao
protecionismo servil das governações para garantir os seus resultados
financeiros de curto prazo.
O
férreo controlo dos mercados tem condicionado cada vez mais o rendimento da
atividade silvícola. As sucessivas governações, para além de incapazes em
suster o êxodo rural, têm sido subservientes à procura, incompetentes que são
em estabelecer medidas de regulação na atividade industrial (por exemplo, exigindo
garantias de autoabastecimento) e nos mercados de bens de base florestal
A
inadequada gestão, ou gestão pelo abandono, é um mero efeito. Os incêndios florestais,
em grande parte, uma consequência.
Para
além dos riscos em minifúndio, podem avizinhar-se riscos de abandono também na
média e grande propriedade, muita dela submetida a leis protecionistas de
espécies, situação irremediavelmente favorável a estratégias de controlo de
preços pela procura.
A
causa, o efeito e as consequências estão bem estabelecidas, tudo o resto é
venda de banha da cobra.
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