segunda-feira, 8 de junho de 2015

A floresta portuguesa tem um problema

A principal causa da desflorestação em Portugal reside numa procura de bens de base florestal cada vez mais concentrada e egoísta, que não tem hesitado em recorrer ao protecionismo servil das governações para garantir os seus resultados financeiros de curto prazo.

O férreo controlo dos mercados tem condicionado cada vez mais o rendimento da atividade silvícola. As sucessivas governações, para além de incapazes em suster o êxodo rural, têm sido subservientes à procura, incompetentes que são em estabelecer medidas de regulação na atividade industrial (por exemplo, exigindo garantias de autoabastecimento) e nos mercados de bens de base florestal

A inadequada gestão, ou gestão pelo abandono, é um mero efeito. Os incêndios florestais, em grande parte, uma consequência.


Para além dos riscos em minifúndio, podem avizinhar-se riscos de abandono também na média e grande propriedade, muita dela submetida a leis protecionistas de espécies, situação irremediavelmente favorável a estratégias de controlo de preços pela procura.

A causa, o efeito e as consequências estão bem estabelecidas, tudo o resto é venda de banha da cobra.


Sem comentários:

Enviar um comentário