terça-feira, 15 de setembro de 2015

As privatizações que são afinal PPP ou porque somos acionistas da Portucel

Tivemos acesso ao seguinte interessante raciocínio:

Em isenções fiscais em 2012 foram só 28.805.704,46 € que a Portucel deixou de pagar ao Estado Português e a troco de quê?

Com esse dinheiro a empresa teve "à borla" com dinheiro dos contribuintes 576.114 metros cúbicos de madeira de eucalipto, o que corresponde à produção de 4.800 hectares. Assim é fácil ser "gestor" de alto gabarito e no final do ano arrecadar mais de 2 milhões de euros em salários e prémios. E o mais surrealista disto tudo é que para além deste tratamento discriminatório trata-se duma empresa cuja sede social é na Holanda onde ficam os impostos da atividade.

O que beneficia o contribuinte e o País? Dar emprego a cerca de 2.000 pessoas a muitas delas precárias a recibos verdes ou prestação de serviços?

Só com o valor que os contribuintes tiveram de suportar por ausência de cobrança em 2012 seria possível pagar o salário de 1 ano (salário mínimo) a 4.074 pessoas. Se tivermos em conta que os trabalhadores da Portucel podem ganhar em média 1.000 Euros mensais as isenções fiscais pagam a mão de obra da empresa. Assim é fácil ser o melhor gestor do mundo e até ser capa em revista de economia.


Para finalizar. Importar ter em conta que em 2010 e 2011 os benefícios fiscais ao grupo atingiram valores similares, superiores a duas dezenas e meia de milhões de euros ano. Os dados de 2013 apontam para um valor superior a dezoito milhões de euros. Os referentes a 2014 ainda não foram disponibilizados pelo Ministério das Finanças.

Não nos teria ficado mais vantajosa a ida da fábrica de papel da Mitrena para a Alemanha? Afinal de contas, onde é que a empresa encontraria, no mundo, as condições tão favoráveis como as que tem em Setúbal: eucalipto (o glóbulos) à porta da fábrica e a “pasteira” como vizinha? Na esparrela das lamurias, estratégia de pressão adotada pela empresa, só caem políticos ignorantes ou serviçais.


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