quarta-feira, 15 de maio de 2013

A política (florestal) à portuguesa.

Perante uma estratégia de setor assente no voluntariado, anunciado pela ministra Assunção Cristas em dezembro de 2011, no Gerês, parece que logo alguém se prontificou a dar "melhor" enquadramento de política "setorial" à governante.


Faz hoje precisamente um ano em que esse aparente enquadramento, na sua versão pública, se deu a conhecer ao País. Prontamente a mensagem gerou resposta da ministra da Agricultura com a iniciativa de "simplificar" o negócio ao emissor.

Todavia, a "simplificação" é tão simplista que terá uma fortíssima probabilidade de contribuir para o aumento das emissões de dióxido de carbono, o que aparentemente choca com os interesses de Estado da ministra do Ambiente. Tão simplista que, dizem os especialistas, terá fortíssima probabilidade de acarretar mais um colossal impacto negativo no território, o que aparentemente é contrário aos interesses de Estado da ministra do Ordenamento do Território.

Mais, o emissor ao que parece pouco acrescenta de valor económico no meio rural, na economia da floresta (e os 15 mil empregos são puro bluff), logo tudo indicaria que a proposta de "simplificar" as ações de arborizações e rearborizações, sem preocupações na gestão dos eucaliptais, nem preocupações de mercado (como convém ao emissor), conflituaria com os interesses de Estado da ministra responsável pela área do Desenvolvimento Rural.

Pior, se tudo ficasse na orla da Agricultura, do Ambiente e do Ordenamento do Território já seria mau, o problema é que a insensatez política da ministra irá, no futuro breve, criar problemas graves noutras área da Governação, seja ao nível local seja nacional.

Será afinal Assunção Cristas a ministra da Lenhicultura, ou sofre de "bipolaridade" política, entre a política de Estado, que assumiu solenemente concretizar perante o País, e a política de pacotilha (do pacote de interesses específicos)?

O Ministério anuncia para breve a aprovação pelo Governo da medida de "simplificação" simplista.