quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Surpresa, surpresa!

Com a recente publicação da lei orgânica do Governo, eis que se constata uma surpresa: a partilha da tutela do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) entre os Ministérios da Agricultura e do Mar (MAM) e do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE).

A opção pela partilha da tutela, quiçá inspirada na fórmula de governança do Bloco de Esquerda, parece ter evitado um mal maior, a cisão do ICNF ou a tutela exclusiva pelo Ambiente. Parece contudo revelar a opção por uma fórmula alquímica de querer agradar alguns setores.

Em comum, nesta partilha, existe a formação académica dos dois secretários de Estado que mais diretamente irão determinar, no plano político, a intervenção do ICNF, formação essa que não deixará de dar um contexto específico às futuras decisões do Governo em matéria de política florestal e de conservação da Natureza.

Todavia, mais importante do que reconfigurar um instrumento de política é a definição e a concretização da própria política (do e de Estado).