quinta-feira, 9 de abril de 2015

Será que uma boa execução dos fundos da PAC é bom para o País?


O vice-primeiro-ministro é célere em anúncios de bom desempenho na atribuição de fundos públicos ao setor primário, não fosse também o líder do “partido da lavoura”. Mas, será que a distribuição de verbas obtidas através dos nossoa impostos e demais europeus tem um retorno económico positivo para o País, ou tais anúncios servem apenas de suporte a obtenção de votos?

Bom, nas florestas, a um maior desempenho na distribuição de fundos públicos tem correspondido, historicamente, uma pior gestão florestal e a maiores áreas ardidas. Não que as florestas e os proprietários florestais não careçam de tais apoios, ou a eles tenham direito por serviços prestados à Sociedade, mas talvez o não retorno económico, e mesmo ambiental e social esperados, tenha por base outros razões. Aquelas a que sucessivos governos persistem em proteger (não em nome da Economia, nem do Ambiente, nem do Emprego e do combate ao êxodo rural).

Mas, tirando o caso particular da floresta, será que na agricultura e nas pescas se vislumbra um retorno económico positivo da distribuição desses fundos públicos?

Na análise da evolução histórica do Valor Acrescentado Bruto da Agricultura, Florestas e Pescas, esse retorno económico positivo não se vislumbra. Talvez também aqui, os apoios ao investimento e ao rendimento não sejam suficientes face aos constrangimentos evidentes nos mercados e aos interesses neles instalados, sistematicamente protegidos pelas governações.


Talvez não seja possível obter os dois mundos, o de um setor agrícola, florestal e das pescas forte em valor, ou o de empresas industriais e de distribuição cotadas nos “tops” internacionais. Que o eleitorado faça a sua opção.


Post Scriptum: O intuito do texto não é de mera crítica a quem faz, o intuito é mesmo de provocar uma alteração de políticas, setoriais, de desenvolvimento rural, económica, ambiental, fiscal e de emprego e bem estar.



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