segunda-feira, 6 de maio de 2013

O príncipe que quer ser rei.

Vindo de terras distantes da Oceania, um príncipe lá veio para a Europa com pretensões para ser rei. Para tal exibe um aparente poder financeiro que a alguns deixa embebecidos. Chegou modesto para ornamentar o reino de outros, mas recentemente tem sido levado por alguns a máxima aspiração, ser o rei da floresta em Portugal.

O pretendente que já em 2008 via reconhecidos os seus pergaminhos, com 816 mil ocupados em Portugal, vê os mesmos serem confirmados pelos dados oficiais em 2012, com 812 mil hectares. Mas será que só isso é suficiente para a pretensão?

Ao que tudo leva a crer parece que não, falta-lhe pedigree. Apesar do seu aparente poder financeiro, este não é visível nem ao nível económico, nem ao nível social e também ao nível ambiental. Se a este último nível tem sofrido contestação, mesmo que esta pudesse ser menosprezada (e não deve), o facto é que não se consegue sobrepor, nem ao nível económico nem social, ao peso dos verdadeiros reis dos espaços florestais portugueses. Quanto maior tem sido o aumento da sua área em Portugal, mais pobre tem ficado a floresta portuguesa.

Todavia, interessa a alguns com peso financeiro em Portugal, tanto que aparentemente influencia incautos governantes, mesmos que as suas más decisões possam fazer aumentar os ónus ambiental, económicos e sociais sobre os governados (em todo o caso, em democracia, os governantes serão mais tarde os mais cedo julgados pelos governados).